quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Reino das Plantas

Talófitas

Grupo formado por vegetais que apresentam um corpo primitivo, desprovidos de raiz, caule, folha, flor, fruto e semente, apresentando apenas um corpo em forma de talo, daí o nome talófita. Pela ausência dos órgãos vegetativos, as talófitas são classificadas como vegetais inferiores, representadas pelas algas pluricelulares. São avasculares por não apresentar vasos condutores de seiva e criptógamas por não apresentar flor.  Algumas algas têm vida livre porque não estão presas a lugar nenhum, boiam na água, com ajuda dos flutuadores. Quanto à cor , as algas foram classificadas em: clorofíceas, feofíceas e rodofíceas.
Divisão Clorófita: formada pelas algas verdes como o alface-do-mar, vivem em ambientes marinhos e na água doce. Algumas espécies de algas verdes são consumidas como alimento.


             
As rodofíceas são as algas vermelhas, pois apresenta uma substância chamada ficoeritrina, responsável por sua cor. Essas algas são usadas por alguns moluscos, que armazenam em seu corpo o pigmento. Este, ao ser ingerido em grande quantidade, provoca intoxicações. São encontradas em grandes profundidades.

As feofíceas são também conhecidas por algas pardas, que se encontra em profundidades médias no mar. Apresentam cor marrom, têm forma de lâmina e uma ramificação chamada apressócio. Ex.: padina, fucus e sargaço.

As talófitas podem se reproduzir de duas maneiras: assexuada e sexuadamente.
A reprodução assexuada pode ser de dois tipos:
- Por fragmentação: onde um pedaço do filamento da alga destaca-se e origina uma nova alga;
- Por esporos: ocorre quando se separam do talo os zoósporos que se movimentam por serem móveis, e ao cair irão formar uma nova alga.
A reprodução sexuada ocorre quando duas algas (zoósporos) se unem, todo o interior da célula se mistura formando o zigoto. Este se divide em quatro células, que ao se soltarem irão dar origem, no local onde caírem, a quatro novas células.
          

Briófitas

São plantas que apresentam estruturas semelhantes à raiz, caule e folhas, mas não possuem flores, frutos e nem sementes, por isso são classificadas como criptógamas e intermediárias.  São eucariontes, fotossintetizantes e multicelulares. São também classificadas como avasculares por não apresentar vasos condutores de seiva. Ocorrem em ambientes úmidos e sombreados, ocorrendo poucas espécies de água doce e nenhuma marinha, representadas pelos musgos, antóceros e hepáticas.
                             


Estão divididas em três filos: Bryophyta, Hepatophyta e Anthocerophyta; sendo os indivíduos do primeiro os mais conhecidos por nós.
A parte permanente das briófitas é o gametófito (n). O esporófito (2n) depende deste último para sua nutrição, e não perdura por muito tempo.

As briófitas dependem da água para a reprodução sexuada. Nesta situação, os gametas masculinos (anterozoides) se deslocam, com auxílio de seus flagelos, até os gametas femininos da planta (oosfera). Ao fecundar, o zigoto sofre mitoses e forma um embrião.
O embrião se desenvolve por meio de novas mitoses e dá origem ao esporófito. Em sua cápsula, desenvolvem-se esporos, a partir de meioses sofridas pelas células-mães. Estes são liberados após certo período, e o esporófito morre.
Encontrando condições propícias, os esporos desenvolvem-se, formando protonemas. Estes crescem e dão origem ao musgo adulto que, mais tarde, dará continuidade a este ciclo.

 
Briófitas podem, ainda, se reproduzirem por fragmentação, na qual fragmentos de um indivíduo dão origem a outros gametófitos; ou por meio de propágulos: estruturas que se formam no interior de conceptáculos e que depois se desprendem, e se desenvolvem no solo.



 Pteridófitas

São vegetais que apresentam raiz, caule e folha, porém são desprovidas de flores, frutos e sementes, sendo assim classificadas como intermediárias e criptógamas, mas apresentam vasos condutores de seiva, o que as classifica como vasculares. O surgimento da vascularização nesses vegetais garantiu um maior desenvolvimento do tamanho do vegetal. Vivem em ambientes terrestres úmidos e sombreados, mais adaptados na região tropical, ocorrendo poucas espécies de água doce e nenhuma marinha. São representantes das pteridófitas as samambaias, xaxins ou samambaiaçu, avencas, licopódios, selaginelas e cavalinhas.  São muito usadas para ornamentação e paisagismo.

                                              
A fase reprodutiva se classifica em duas etapas: assexuada e sexuada. A fase dominante é o esporófito, com gametófito reduzido.


Os Soros possuem esporângios contendo células-mãe dos esporos. Por meio de divisões meióticas tais células dão origem a esses últimos.
Esporos, em substrato úmido, se desenvolvem e passam a ser denominados “prótalos”. Nestes, há uma região masculina e outra feminina. Geralmente, com a ajuda da água de chuva, sereno, dentre outros, os anterozoides (gametângios masculinos) se dirigem à oosfera (gametângio feminino), ocorrendo a fecundação. A partir do zigoto, desenvolve um esporófito jovem, completando este ciclo.
Além da reprodução sexuada, alguns representantes deste grupo reproduzem-se assexuadamente, por brotamento.


Gimnospermas


 Gimnospermas  são plantas  vasculares, contudo não possuem sementes contidas em frutos (as sementes nuas). Sendo essa uma das características fundamentais ao grupo durante a evolução, apresentando estruturas produtoras de gametas bem visíveis (fanerógamas), possibilitando a partir de então a conquista definitiva do ambiente terrestre, sem a necessidade de água como meio intermediador para fecundação dos gametas.
Portanto, a semente é uma estrutura reprodutiva que se forma a partir do desenvolvimento do óvulo (modificação vegetal – uma folha fértil), as primeiras traqueófitas a manifestarem essa condição.

Assim, a planta propriamente dita é o esporófito, geração predominante sobre o gametófito, que é menor e cresce dentro do esporófito, formando elementos que reunidos em uma estrutura denomina estróbilo (femininos e masculinos).Gimnospermas: pinheiro-do-paraná

Os Estróbilos masculinos são chamados de microsporângios, que por meiose produzem os micrósporos (esporos haploides), passando por divisão mitótica, originando o gametófito masculino (grão de pólen). Da mesma forma ocorre com os estróbilos femininos, porém, recebendo a seguinte denominação: megasporângio, resultante nos megásporos, formando o gametófito feminino (óvulo, contendo a oofera).

Os gametas se encontram por meio da polinização, principalmente proporcionada pelo vento, transportando o grão de pólen até o óvulo, emitindo um tubo polínico conduzindo o núcleo espermático que irá fecundar a oosfera.
Depois da fecundação forma-se o zigoto, dividindo-se por mitose, dando origem ao embrião que se desenvolverá em um novo esporófito, inicialmente com estruturas primárias: com uma radícula, um caulículo e gêmulas.

Esse grupo é subdividido em quatro divisões: Coniferophyta (coníferas), Cycadophyta (cicas), Gnetophyta (gnetófitas) e Ginkgophyta (gincófitas).


 

Angiospermas

As angiospermas são as plantas de maior ocorrência em nosso planeta, apresentando-se nos mais diversos tamanhos, formas e ambientes. Diferentemente das gimnospermas, são dotadas de flores e frutos. Esta primeira estrutura abriga os elementos relacionados à reprodução sexuada e outras estruturas, a seguir:
Maracujazeiro: uma angiosperma.






- Gineceu (sistema reprodutor feminino):




- Androceu (sistema reprodutor masculino):
O pedicelo é responsável pela sustentação da flor ao caule e o receptáculo é a estrutura que prende as sépalas. Estas, em conjunto, são denominadas cálice; e o conjunto de pétalas é a corola. Na região terminal dos estames há as anteras: estruturas que abrigam o pólen. Já na região basal do gineceu, localiza-se o ovário da flor.
As cores atrativas das pétalas, o cheiro da flor e a presença de néctar permitem com que insetos, aves e morcegos se aproximem destas estruturas. Desta forma, tais indivíduos são capazes de propiciar a polinização, ao levarem os pólens até o estigma. Após este evento, o óvulo fecundado transforma-se em semente; e as paredes do ovário, em fruto.
Ao envolver as sementes, os frutos protegem estas estruturas, permitindo com que a dispersão destas aconteça de forma mais eficiente. Por serem base para a alimentação de diversos animais, estes podem também facilitar este processo.

Estas duas características, aliadas ao surgimento do sistema de vasos condutores, são os três grandes fatores que contribuíram para que este grupo vegetal fosse constituído, hoje, de mais de 235 mil espécies, em todo o planeta.