Evolução Humana
A espécie humana pertence ao grupo dos vertebrados, classe dos mamíferos. Os vários grupos de mamíferos evoluíram em linhas diferentes , originando várias ordens. Alinha evolutiva que deu origem ao ser humano apareceu há cerca de 15 milhões de anos, quando surgiram certas características em alguns mamíferos permitindo-lhes subir em árvores . Esses mamíferos são classificados no grupo dos primatas.
- Polegar disposto em 90° em relação aos outros dedos.
- Grande mobilidade dos membros posteriores e anteriores em relação ao tronco.
- Visão tridimensional
- Comportamento social com intenso cuidado com a prole.
- Prossímios: geralmente de pequeno porte, com hábitos noturnos. Possui duas linhagens principais: Lemuriformes: representados pelos Lêmures e pelos lorises.
- Antropoides: representados pelos macacos e pelos seres humanos. São os primatas com o encéfalo mais desenvolvido. Diferenciam-se três linhagens evolutivas: macacos do Novo Mundo (Saguis. micos) e Macacos do Velho Mundo (babuínos, macacos Rhesus) e os hominídeos, exemplo os gorilas e o ser humano.
A linhagem da espécie humana
Os primeiros representantes da linhagem da espécie humana foram primatas que começaram a apresentar postura ereta, deslocando-se apenas com os membros posteriores, e apoiados sobre os pés. Os membros anteriores e as mãos ficaram liberados, o que proporcionou a execução de outras funções.O surgimento dessas características permitiu a esses ancestrais uma mudança no modo de vida, passaram a ser mais ligados ao solo abandonando assim as florestas e passaram a ocupar campos e savanas.
Outra característica dessa linhagem foi o aumento de volume do crânio. A face do ser humano é mais achatada.
Os tipos de dentes e sua disposição também são diferentes : nos seres humanos os dentes se dispõem em U e os caninos são reduzidos, enquanto nos macacos antropoides os dentes se dispõem formando um retângulo e os caninos são bem desenvolvidos. As alterações na dentição permitiram que a linhagem explorasse maior variabilidade de alimentos.
A evolução do gênero Homo ocorreu na África e está associado ao resfriamento da Terra cerca de 2,5 milhões de anos.
Taxonomia
Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e ecológicas de cada animal ou grupo animal.
No século XVII surge o conceito de espécie introduzido pelo naturalista John Ray. No século seguinte, os seres vivos começam a ser classificados de acordo com sua história evolutiva e desenvolvimento embriológico até que, em 1735, conhecido como Lineu, publica Systema Naturae onde trata dos reinos animal, vegetal e mineral agrupando os seres vivos em classes, ordens, gêneros e espécies. A partir daí passou-se a usar o sistema binominal criado por Lineu para classificar as diferentes espécies de plantas adotando-se um primeiro nome em latim para indicar o gênero e um segundo nome indicando a espécie.
A sua classificação foi aprimorada e os seres vivos classificados de acordo com suas características morfofisiológicas, genéticas e evolutivas em três grandes reinos: animal, vegetal e mineral. A taxonomia se divide em dois grandes ramos. Um deles, a sistemática, trabalha com a divisão dos animais em grupos de acordos com suas semelhanças; e a nomenclatura, trabalha na definição de normas universais para a classificação dos seres vivos com o intuito de facilitar o estudo das espécies ao utilizar uma denominação universal.
Os seres vivos são classificados da seguinte maneira: reino, filo, classe, ordem, família, gênero e espécie.
A espécie é a unidade taxionômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem as mesmas características cromossômicas , anatomia semelhante, fisiologia e desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um critério fundamental: o cruzamento de animais da mesma espécie deve originar um novo animal fértil.
Algumas espécies de plantas conseguem cruzar com plantas de espécies diferentes e originar um descendente fértil, entretanto, elas não são consideradas da mesma espécie por isso.
Espécies que apresentam algumas características comuns são agrupadas em gêneros e os gêneros, por sua vez são agrupados em famílias. Várias famílias formam uma ordem.
Várias ordens de animais com características predominantes semelhantes podem ser agrupados em classes. Um exemplo é a classe dos insetos que agrupa animais como as abelhas, as baratas e as moscas, todas de espécies diferentes. As classes, por sua vez, fazem parte dos filos e os filos, são agrupados em reinos que são a classificação mais genérica dos seres vivos.
Reinos
Os animais são divididos em cinco reinos como mostra o esquema seguinte:
- Monera: inclui os organismos procariontes, que é formado pelas bactérias.
- Protista: é formado por protozoários e as algas.
- Fungi: é formado pelos fungos, uni ou pluricelulares, heterótrofos e que não possuem tecido organizado.
- Plantae: é formado pelos vegetais, seres eucariontes, multicelulares, que possuem clorofila e tecidos organizados (algas, briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas).
- Animais: todos os animais, seres eucariontes, multicelulares, e heterótrofos.
Reino Protista
O reino
protista agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos
e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e
crisófitas (diatomáceas), que são protistas
autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são
protistas heterótrofos.
A
complexidade da célula eucariótica de um protozoário é tão grande, que ela
executa todas as funções que tecidos, órgãos e sistemas realizam em um ser
pluricelular complexo. Locomoção, respiração, excreção, controle hídrico,
reprodução e relacionamento com o ambiente, tudo é executado por uma única
célula.
O reino protista compreende um diversificado número de organismos. Deste reino fazem parte as algas, os protozoários e autótrofos organismos capazes de produzir seu próprio alimento.
Os
protozoários são, na grande maioria, aquáticos,
vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra úmida. Há
espécies mutualísticas e muitas
são parasitas de invertebrados e
vertebrados. Eles são organismos microscópicos. No plâncton distinguem-se dois
grupos de organismos:
- fitoplâncton: organismos produtores,
representados principalmente por dinoflagelados e diatomáceas, constituem
a base de sustentação da cadeia alimentar nos mares e lagos . São
responsáveis por mais de 90% da fotossíntese no planeta.
- zooplâncton: organismos consumidores,
isto é, heterótrofos, representados principalmente por protozoários,
pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes.
Classificação
A classificação
dos protozoários baseia-se fundamentalmente nos tipos de reprodução e da locomoção.
A locomoção se
faz por batimento ciliar, flagelar,
por emissão de
pseudópodos e até
por simples deslizamento
de todo o corpo celular .Na tendência moderna, os protozoários
estão incluídos no Reino Protista, subdivididos em quatro filos:
Rizopodes:
são amebas radiolários e foraminíferos têm carapaças com formas bastante
vistosas importantes indicadores da existência de jazidas de petróleo. São
marinhos, de água doce ou parasitas. Têm um ou mais núcleos, vacúolos
digestivos e vacúolos contráteis. Os Rizópodes caracterizam-se por apresentarem pseudópodes como
estrutura de locomoção e captura de alimentos. São projeções da célula, que se
deforma toda, que encaminham a ameba para várias direções. Vários pseudópodos
podem ser formados ao mesmo tempo, modificando constantemente a forma da ameba.
Os pseudópodos, na ameba, não servem apenas para a locomoção. Também são
utilizados para a captura de alimento: pequenas algas, bactérias, partículas
soltas na água etc.
Flagelados: sua célula é alongada, podem ter
um ou mais flagelos e em alguns há também pseudópodos. Próximo ao ponto de
origem do flagelo, existe o cinetoplasto, organela que contém o DNA, capaz de
se autoduplicar e que fica incluído no interior de uma longa mitocôndria de
formato irregular que se estende ao longo da célula. Existem flagelados de vida livre, mutualísticos e parasitas.
Alguns parasitas
podem causar nos humanos doenças perigosas a leishmaniose tegumentar, doença de
chagas, giardíase e tricomoníase.
Esporozoários: são todos parasitas e apresentam um tipo de
reprodução assexuada especial chamada de esporulação.
No ciclo vital apresentam alternância de reprodução assexuada e sexuada. O principal gênero é o Plasmodium, com várias
espécies causadoras da malária. O Toxoplasma
gondii, causador da doença toxoplasmose,
é de grande seriedade em mulheres grávidas até o terceiro mês.
Ciliados: Apresentam cílios, cirros e membranelas.
Entre eles estão os protozoários “gigantes” como os paramécios (Paramecium)
muito usados em estudos. Os paramécios deslocam-se muito mais rapidamente que
os flagelados e as amebas por causa dos inúmeros cílios que se projetam da
parede do corpo. A maioria é de vida livre.
Além de orgânulos
especializados, possuem dois núcleos: macronúcleo (funções vegetativas) e micronúcleo (funções genéticas: hereditariedade e
reprodução). Trocas gasosas e excreção, como nos demais protozoários, ocorre
pela superfície da célula. A reprodução
assexuada, como na ameba e na euglena, ocorre por divisão binária.
A reprodução sexuada por conjugação
consiste no pareamento de dois paramécios, com fusão das membranas e em seguida
troca de material genético dos micronúcleos. Depois os paramécios se separam e
se reproduzem assexuadamente por cissiparidade.
Quanto
às algas, podem ser do Filo Chlorophyta (algas verdes), Filo Phaeophyta (algas
pardas ou marrons), Filo Rhodophyta (algas vermelhas), Filo Bacillariophyta
(diatomáceas), Filo Chrysophyta (algas douradas), Filo Euglenophyta (euglenas),
Filo Dinophyta (dinoflagelados) e Filo Charophyta (carofícea)
Vírus
Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago é utilizado para descrever aqueles que infectam.
Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.
O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.
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Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a enzima Transcriptase reversa que faz com que o processo de Transcrição reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução.
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias, efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material genético viral.
Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento.
Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética.
Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate e primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser vida, em outras palavras, a definição de vida.
Doenças humanas virais
No homem, inúmeras doenças são causadas por esses seres acelulares. Praticamente todos os tecidos e órgãos humanos são afetados por alguma infecção viral. A febre amarela e dengue são duas viroses que envolvem a transmissão por insetos (mosquito da espécieAedes aegypti). Para a primeira, existe vacina. Duas viroses relatadas abaixo, AIDS e condiloma acuminado, são doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A tabela também relaciona viroses comuns na infância, rubéola, caxumba, sarampo, poliomelite - para as quais existem vacinas.
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Bacteriófagos
Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente organismos procariotos. Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal . Estes são constituídos por uma cápsula protéica bastante complexa, que apresenta uma região denominada cabeça, com formato poligonal, envolvendo uma molécula de DNA, e uma região denominada cauda, com formato cilíndrico, contendo, em sua extremidade livre, fibras protéicas.
A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus, ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.
Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Esses dois ciclos iniciam com o fago T aderindo à superfície da célula bacteriana através das fibras protéicas da cauda. Esta contrai-se, impelindo a parte central, tubular, para dentro da célula, à semelhança, de uma microsseringa. O DNA do vírus é, então, injetado fora da célula a cápsula protéica vazia. A partir desse momento, começa a diferenciação entre ciclo lítico e ciclo lisogênico.
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).
No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.