quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Reino das Plantas

Talófitas

Grupo formado por vegetais que apresentam um corpo primitivo, desprovidos de raiz, caule, folha, flor, fruto e semente, apresentando apenas um corpo em forma de talo, daí o nome talófita. Pela ausência dos órgãos vegetativos, as talófitas são classificadas como vegetais inferiores, representadas pelas algas pluricelulares. São avasculares por não apresentar vasos condutores de seiva e criptógamas por não apresentar flor.  Algumas algas têm vida livre porque não estão presas a lugar nenhum, boiam na água, com ajuda dos flutuadores. Quanto à cor , as algas foram classificadas em: clorofíceas, feofíceas e rodofíceas.
Divisão Clorófita: formada pelas algas verdes como o alface-do-mar, vivem em ambientes marinhos e na água doce. Algumas espécies de algas verdes são consumidas como alimento.


             
As rodofíceas são as algas vermelhas, pois apresenta uma substância chamada ficoeritrina, responsável por sua cor. Essas algas são usadas por alguns moluscos, que armazenam em seu corpo o pigmento. Este, ao ser ingerido em grande quantidade, provoca intoxicações. São encontradas em grandes profundidades.

As feofíceas são também conhecidas por algas pardas, que se encontra em profundidades médias no mar. Apresentam cor marrom, têm forma de lâmina e uma ramificação chamada apressócio. Ex.: padina, fucus e sargaço.

As talófitas podem se reproduzir de duas maneiras: assexuada e sexuadamente.
A reprodução assexuada pode ser de dois tipos:
- Por fragmentação: onde um pedaço do filamento da alga destaca-se e origina uma nova alga;
- Por esporos: ocorre quando se separam do talo os zoósporos que se movimentam por serem móveis, e ao cair irão formar uma nova alga.
A reprodução sexuada ocorre quando duas algas (zoósporos) se unem, todo o interior da célula se mistura formando o zigoto. Este se divide em quatro células, que ao se soltarem irão dar origem, no local onde caírem, a quatro novas células.
          

Briófitas

São plantas que apresentam estruturas semelhantes à raiz, caule e folhas, mas não possuem flores, frutos e nem sementes, por isso são classificadas como criptógamas e intermediárias.  São eucariontes, fotossintetizantes e multicelulares. São também classificadas como avasculares por não apresentar vasos condutores de seiva. Ocorrem em ambientes úmidos e sombreados, ocorrendo poucas espécies de água doce e nenhuma marinha, representadas pelos musgos, antóceros e hepáticas.
                             


Estão divididas em três filos: Bryophyta, Hepatophyta e Anthocerophyta; sendo os indivíduos do primeiro os mais conhecidos por nós.
A parte permanente das briófitas é o gametófito (n). O esporófito (2n) depende deste último para sua nutrição, e não perdura por muito tempo.

As briófitas dependem da água para a reprodução sexuada. Nesta situação, os gametas masculinos (anterozoides) se deslocam, com auxílio de seus flagelos, até os gametas femininos da planta (oosfera). Ao fecundar, o zigoto sofre mitoses e forma um embrião.
O embrião se desenvolve por meio de novas mitoses e dá origem ao esporófito. Em sua cápsula, desenvolvem-se esporos, a partir de meioses sofridas pelas células-mães. Estes são liberados após certo período, e o esporófito morre.
Encontrando condições propícias, os esporos desenvolvem-se, formando protonemas. Estes crescem e dão origem ao musgo adulto que, mais tarde, dará continuidade a este ciclo.

 
Briófitas podem, ainda, se reproduzirem por fragmentação, na qual fragmentos de um indivíduo dão origem a outros gametófitos; ou por meio de propágulos: estruturas que se formam no interior de conceptáculos e que depois se desprendem, e se desenvolvem no solo.



 Pteridófitas

São vegetais que apresentam raiz, caule e folha, porém são desprovidas de flores, frutos e sementes, sendo assim classificadas como intermediárias e criptógamas, mas apresentam vasos condutores de seiva, o que as classifica como vasculares. O surgimento da vascularização nesses vegetais garantiu um maior desenvolvimento do tamanho do vegetal. Vivem em ambientes terrestres úmidos e sombreados, mais adaptados na região tropical, ocorrendo poucas espécies de água doce e nenhuma marinha. São representantes das pteridófitas as samambaias, xaxins ou samambaiaçu, avencas, licopódios, selaginelas e cavalinhas.  São muito usadas para ornamentação e paisagismo.

                                              
A fase reprodutiva se classifica em duas etapas: assexuada e sexuada. A fase dominante é o esporófito, com gametófito reduzido.


Os Soros possuem esporângios contendo células-mãe dos esporos. Por meio de divisões meióticas tais células dão origem a esses últimos.
Esporos, em substrato úmido, se desenvolvem e passam a ser denominados “prótalos”. Nestes, há uma região masculina e outra feminina. Geralmente, com a ajuda da água de chuva, sereno, dentre outros, os anterozoides (gametângios masculinos) se dirigem à oosfera (gametângio feminino), ocorrendo a fecundação. A partir do zigoto, desenvolve um esporófito jovem, completando este ciclo.
Além da reprodução sexuada, alguns representantes deste grupo reproduzem-se assexuadamente, por brotamento.


Gimnospermas


 Gimnospermas  são plantas  vasculares, contudo não possuem sementes contidas em frutos (as sementes nuas). Sendo essa uma das características fundamentais ao grupo durante a evolução, apresentando estruturas produtoras de gametas bem visíveis (fanerógamas), possibilitando a partir de então a conquista definitiva do ambiente terrestre, sem a necessidade de água como meio intermediador para fecundação dos gametas.
Portanto, a semente é uma estrutura reprodutiva que se forma a partir do desenvolvimento do óvulo (modificação vegetal – uma folha fértil), as primeiras traqueófitas a manifestarem essa condição.

Assim, a planta propriamente dita é o esporófito, geração predominante sobre o gametófito, que é menor e cresce dentro do esporófito, formando elementos que reunidos em uma estrutura denomina estróbilo (femininos e masculinos).Gimnospermas: pinheiro-do-paraná

Os Estróbilos masculinos são chamados de microsporângios, que por meiose produzem os micrósporos (esporos haploides), passando por divisão mitótica, originando o gametófito masculino (grão de pólen). Da mesma forma ocorre com os estróbilos femininos, porém, recebendo a seguinte denominação: megasporângio, resultante nos megásporos, formando o gametófito feminino (óvulo, contendo a oofera).

Os gametas se encontram por meio da polinização, principalmente proporcionada pelo vento, transportando o grão de pólen até o óvulo, emitindo um tubo polínico conduzindo o núcleo espermático que irá fecundar a oosfera.
Depois da fecundação forma-se o zigoto, dividindo-se por mitose, dando origem ao embrião que se desenvolverá em um novo esporófito, inicialmente com estruturas primárias: com uma radícula, um caulículo e gêmulas.

Esse grupo é subdividido em quatro divisões: Coniferophyta (coníferas), Cycadophyta (cicas), Gnetophyta (gnetófitas) e Ginkgophyta (gincófitas).


 

Angiospermas

As angiospermas são as plantas de maior ocorrência em nosso planeta, apresentando-se nos mais diversos tamanhos, formas e ambientes. Diferentemente das gimnospermas, são dotadas de flores e frutos. Esta primeira estrutura abriga os elementos relacionados à reprodução sexuada e outras estruturas, a seguir:
Maracujazeiro: uma angiosperma.






- Gineceu (sistema reprodutor feminino):




- Androceu (sistema reprodutor masculino):
O pedicelo é responsável pela sustentação da flor ao caule e o receptáculo é a estrutura que prende as sépalas. Estas, em conjunto, são denominadas cálice; e o conjunto de pétalas é a corola. Na região terminal dos estames há as anteras: estruturas que abrigam o pólen. Já na região basal do gineceu, localiza-se o ovário da flor.
As cores atrativas das pétalas, o cheiro da flor e a presença de néctar permitem com que insetos, aves e morcegos se aproximem destas estruturas. Desta forma, tais indivíduos são capazes de propiciar a polinização, ao levarem os pólens até o estigma. Após este evento, o óvulo fecundado transforma-se em semente; e as paredes do ovário, em fruto.
Ao envolver as sementes, os frutos protegem estas estruturas, permitindo com que a dispersão destas aconteça de forma mais eficiente. Por serem base para a alimentação de diversos animais, estes podem também facilitar este processo.

Estas duas características, aliadas ao surgimento do sistema de vasos condutores, são os três grandes fatores que contribuíram para que este grupo vegetal fosse constituído, hoje, de mais de 235 mil espécies, em todo o planeta.


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Evolução Humana

A espécie humana pertence ao grupo dos vertebrados, classe dos mamíferos. Os vários grupos de mamíferos evoluíram em linhas diferentes , originando várias ordens. Alinha evolutiva que deu origem ao ser humano apareceu há cerca de 15 milhões de anos, quando surgiram certas características em alguns mamíferos permitindo-lhes subir em árvores . Esses mamíferos são classificados no grupo dos primatas.

Características:

  • Polegar disposto em 90° em relação aos outros dedos.
  • Grande mobilidade dos membros posteriores e anteriores em relação ao tronco.
  • Visão tridimensional
  • Comportamento social com intenso cuidado com a prole.
Classificação:

  • Prossímios: geralmente de pequeno porte, com hábitos noturnos. Possui duas linhagens principais:      Lemuriformes: representados pelos Lêmures e pelos lorises.
Tarsiformes: representados pelos Társios.
  • Antropoides: representados pelos macacos e pelos seres humanos. São os primatas com o encéfalo mais desenvolvido. Diferenciam-se três linhagens evolutivas: macacos do Novo Mundo (Saguis. micos) e Macacos do Velho Mundo (babuínos, macacos Rhesus) e os hominídeos, exemplo os gorilas e o ser humano.

A linhagem da espécie humana

Os primeiros representantes da linhagem da espécie humana foram primatas que começaram a apresentar postura ereta, deslocando-se apenas com os membros posteriores, e apoiados sobre os pés. Os membros anteriores e as mãos ficaram liberados, o que proporcionou a execução de outras funções.
O surgimento dessas características permitiu a esses ancestrais uma mudança no modo de vida, passaram a ser mais ligados ao solo abandonando assim as florestas e passaram a ocupar campos e savanas.
Outra característica dessa linhagem foi o aumento de volume do crânio. A face do ser humano é mais achatada.

Os tipos de dentes e sua disposição também são diferentes : nos seres humanos os dentes se dispõem em U e os caninos são reduzidos, enquanto nos macacos antropoides os dentes se dispõem formando um retângulo e os caninos são bem desenvolvidos. As alterações na dentição permitiram que a linhagem explorasse maior variabilidade de alimentos.

A evolução do gênero Homo ocorreu na África e está associado  ao resfriamento da Terra cerca de 2,5 milhões de anos.

Taxonomia 

Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. Ela estabelece critérios para classificar todos os animais e plantas sobre a Terra em grupos de acordo com as características fisiológicas, evolutivas e anatômicas e ecológicas de cada animal ou grupo animal.


No século XVII surge o conceito de espécie introduzido pelo naturalista John Ray. No século seguinte, os seres vivos começam a ser classificados de acordo com sua história evolutiva e desenvolvimento embriológico até que, em 1735,  conhecido como Lineu, publica Systema Naturae onde trata dos reinos animal, vegetal e mineral agrupando os seres vivos em classes, ordens, gêneros e espécies. A partir daí passou-se a usar o sistema binominal criado por Lineu para classificar as diferentes espécies de plantas adotando-se um primeiro nome em latim para indicar o gênero e um segundo nome indicando a espécie.

A sua classificação foi aprimorada e os seres vivos classificados de acordo com suas características morfofisiológicas, genéticas e evolutivas em três grandes reinos: animal, vegetal e mineral. A taxonomia se divide em dois grandes ramos. Um deles, a sistemática, trabalha com a divisão dos animais em grupos de acordos com suas semelhanças; e a nomenclatura, trabalha na definição de normas universais para a classificação dos seres vivos com o intuito de facilitar o estudo das espécies ao utilizar uma denominação universal.
Os seres vivos são classificados da seguinte maneira: reinofiloclasseordemfamíliagênero e espécie.
A espécie é a unidade taxionômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem as mesmas características cromossômicas , anatomia semelhante, fisiologia e desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um critério fundamental: o cruzamento de animais da mesma espécie deve originar um novo animal fértil. 

Algumas espécies de plantas conseguem cruzar com plantas de espécies diferentes e originar um descendente fértil, entretanto, elas não são consideradas da mesma espécie por isso.
Espécies que apresentam algumas características comuns são agrupadas em gêneros e os gêneros, por sua vez são agrupados em famílias. Várias famílias formam uma ordem. 
Várias ordens de animais com características predominantes semelhantes podem ser agrupados em classes. Um exemplo é a classe dos insetos que agrupa animais como as abelhas, as baratas e as moscas, todas de espécies diferentes. As classes, por sua vez, fazem parte dos filos e os filos, são agrupados em reinos que são a classificação mais genérica dos seres vivos.


 Reinos

Os animais são divididos em cinco reinos como mostra o esquema seguinte:
  • Monera:  inclui os organismos procariontes, que é formado pelas bactérias.

  • Protista: é formado por protozoários e as algas.
  • Fungi: é formado pelos fungos, uni ou pluricelulares, heterótrofos e que não possuem tecido organizado. 
  • Plantae: é formado pelos vegetais, seres eucariontes, multicelulares, que possuem clorofila e tecidos organizados (algas, briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas). 
  • Animais: todos os animais, seres eucariontes, multicelulares, e heterótrofos.


Reino Protista

O reino protista agrupa organismos eucariontes, unicelulares, autótrofos e heterótrofos. Neste reino se colocam as algas inferiores: euglenófitas, pirrófitas (dinoflagelados) e crisófitas (diatomáceas), que são protistas autótrofos (fotossintetizantes). Os protozoários são protistas heterótrofos.
  A complexidade da célula eucariótica de um protozoário é tão grande, que ela executa todas as funções que tecidos, órgãos e sistemas realizam em um ser pluricelular complexo. Locomoção, respiração, excreção, controle hídrico, reprodução e relacionamento com o ambiente, tudo é executado por uma única célula.


 Fazem parte do reino protista alguns organismos eucariontes, estes seres possuem núcleo envolto por membrana celular, DNA associado a histonas e organelas como, por exemplo, as mitocôndrias e os cloroplastos.

 O reino protista compreende um diversificado número de organismos. Deste reino fazem parte as algas, os protozoários e autótrofos organismos capazes de produzir seu próprio alimento. 
Os protozoários são, na grande maioria, aquáticos, vivendo nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra úmida. Há espécies mutualísticas e muitas são parasitas de invertebrados e vertebrados. Eles são organismos microscópicos. No plâncton distinguem-se dois grupos de organismos:
  • fitoplâncton: organismos produtores, representados principalmente por dinoflagelados e diatomáceas, constituem a base de sustentação da cadeia alimentar nos mares e lagos . São responsáveis por mais de 90% da fotossíntese no planeta.
  • zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados principalmente por protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes.
Classificação
A classificação dos protozoários baseia-se fundamentalmente nos tipos de reprodução e da locomoção.
A locomoção se faz por batimento ciliar, flagelar, por emissão de pseudópodos e até por simples deslizamento de todo o corpo celular .Na tendência moderna, os protozoários estão incluídos no Reino Protista, subdivididos em quatro filos:
Rizopodes: são amebas radiolários e foraminíferos têm carapaças com formas bastante vistosas importantes indicadores da existência de jazidas de petróleo. São marinhos, de água doce ou parasitas. Têm um ou mais núcleos, vacúolos digestivos e vacúolos contráteis. Os Rizópodes caracterizam-se por apresentarem pseudópodes como estrutura de locomoção e captura de alimentos. São projeções da célula, que se deforma toda, que encaminham a ameba para várias direções. Vários pseudópodos podem ser formados ao mesmo tempo, modificando constantemente a forma da ameba. Os pseudópodos, na ameba, não servem apenas para a locomoção. Também são utilizados para a captura de alimento: pequenas algas, bactérias, partículas soltas na água etc.

Flagelados: sua célula é alongada, podem ter um ou mais flagelos e em alguns há também pseudópodos. Próximo ao ponto de origem do flagelo, existe o cinetoplasto, organela que contém o DNA, capaz de se autoduplicar e que fica incluído no interior de uma longa mitocôndria de formato irregular que se estende ao longo da célula. Existem flagelados de vida livre, mutualísticos e parasitas.
Alguns parasitas podem causar nos humanos doenças perigosas a leishmaniose tegumentar, doença de chagas, giardíase e tricomoníase.

Esporozoários: são todos parasitas e apresentam um tipo de reprodução assexuada especial chamada de esporulação. No ciclo vital apresentam alternância de reprodução assexuada e sexuada. O principal gênero é o Plasmodium, com várias espécies causadoras da malária. O Toxoplasma gondii, causador da doença toxoplasmose, é de grande seriedade em mulheres grávidas até o terceiro mês.

Ciliados: Apresentam cílios, cirros e membranelas. Entre eles estão os protozoários “gigantes” como os paramécios (Paramecium) muito usados em estudos. Os paramécios deslocam-se muito mais rapidamente que os flagelados e as amebas por causa dos inúmeros cílios que se projetam da parede do corpo. A maioria é de vida livre.

Além de orgânulos especializados, possuem dois núcleos: macronúcleo (funções vegetativas) e micronúcleo (funções genéticas: hereditariedade e reprodução). Trocas gasosas e excreção, como nos demais protozoários, ocorre pela superfície da célula. A reprodução assexuada, como na ameba e na euglena, ocorre por divisão binária.
A reprodução sexuada por conjugação consiste no pareamento de dois paramécios, com fusão das membranas e em seguida troca de material genético dos micronúcleos. Depois os paramécios se separam e se reproduzem assexuadamente por cissiparidade.
Quanto às algas, podem ser do Filo Chlorophyta (algas verdes), Filo Phaeophyta (algas pardas ou marrons), Filo Rhodophyta (algas vermelhas), Filo Bacillariophyta (diatomáceas), Filo Chrysophyta (algas douradas), Filo Euglenophyta (euglenas), Filo Dinophyta (dinoflagelados) e Filo Charophyta (carofícea)


Vírus


 Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo vírus geralmente refere-se às partículas que infectam eucariontes (organismos cujas células têm carioteca), enquanto o termo bacteriófago  é utilizado para descrever aqueles que infectam. 
Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.
O envelope consiste principalmente em duas camadas de lipídios derivadas da membrana plasmática da célula hospedeira e em moléculas de proteínas virais, específicas para cada tipo de vírus, imersas nas camadas de lipídios.
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar. Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos, denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados, respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.


 


 Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação. Alguns vírus possuem enzimas. Por exemplo o HIV tem a enzima Transcriptase reversa que faz com que o processo de Transcrição reversa seja realizado (formação de DNA a partir do RNA viral). Esse processo de se formar DNA a partir de RNA viral é denominado retrotranscrição, o que deu o nome retrovírus aos vírus que realizam esse processo. Os outros vírus que possuem DNA fazem o processo de transcrição (passagem da linguagem de DNA para RNA) e só depois a tradução. 
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios: a falta de hialoplasma e ribossomos impede que eles tenham metabolismo próprio. Assim, para executar o seu ciclo de vida, o vírus precisa de um ambiente que tenha esses componentes. Esse ambiente precisa ser o interior de uma célula que, contendo ribossomos e outras substâncias, efetuará a síntese das proteínas dos vírus e, simultaneamente, permitirá que ocorra a multiplicação do material genético viral.
Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material genético ou então entra na célula por englobamento.
Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética.
Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos ou não, e esse debate e primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a ser vida, em outras palavras, a definição de vida.

Doenças humanas virais

 No homem, inúmeras doenças são causadas por esses seres acelulares. Praticamente todos os tecidos e órgãos humanos são afetados por alguma infecção viral.  A febre amarela e dengue são duas viroses que envolvem a transmissão por insetos (mosquito da espécieAedes aegypti). Para a primeira, existe vacina. Duas viroses relatadas abaixo, AIDS e condiloma acuminado, são doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). A tabela também relaciona viroses comuns na infância, rubéola, caxumba, sarampo, poliomelite - para as quais existem vacinas.

 Bacteriófagos
 Os bacteriófagos podem ser vírus de DNA ou de RNA que infectam somente organismos procariotos.  Os mais estudados são os que infectam a bactéria intestinal . Estes são constituídos por uma cápsula protéica bastante complexa, que apresenta uma região denominada cabeça, com formato poligonal, envolvendo uma molécula de DNA, e uma região denominada cauda, com formato cilíndrico, contendo, em sua extremidade livre, fibras protéicas.
A reprodução ou replicação dos bacteriófagos, assim como os demais vírus, ocorre somente no interior de uma célula hospedeira.
Existem basicamente dois tipos de ciclos reprodutivos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico. Esses dois ciclos iniciam com o fago T aderindo à superfície da célula bacteriana através das fibras protéicas da cauda. Esta contrai-se, impelindo a parte central, tubular, para dentro da célula, à semelhança, de uma microsseringa. O DNA do vírus é, então, injetado fora da célula a cápsula protéica vazia. A partir desse momento, começa a diferenciação entre ciclo lítico e ciclo lisogênico.
No ciclo lítico, o vírus invade a bactéria, onde as funções normais desta são interrompidas na presença de ácido nucléico do vírus (DNA ou RNA). Esse, ao mesmo tempo em que é replicado, comanda a síntese das proteínas que comporão o capsídeo. Os capsídeos organizam-se e envolvem as moléculas de ácido nucléico. São produzidos, então novos vírus. Ocorre a lise, ou seja, a célula infectada rompe-se e os novos bacteriófagos são liberados. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular aparecem imediatamente. Nesse ciclo, os vírus utilizam o equipamento bioquímico(Ribossomo)da célula para fabricar sua proteína (Capsídeo).


No ciclo lisogênico, o vírus invade a bactéria ou a célula hospedeira, onde o DNA viral incorpora-se ao DNA da célula infectada. Isto é, o DNA viral torna-se parte do DNA da célula infectada. Uma vez infectada, a célula continua suas operações normais, como reprodução e ciclo celular. Durante o processo de divisão celular, o material genético da célula, juntamente com o material genético do vírus que foi incorporado, sofrem duplicação e em seguida são divididos equitativamente entre as células-filhas. Assim, uma vez infectada, uma célula começará a transmitir o vírus sempre que passar por mitose e todas as células estarão infectadas também. Sintomas causados por um vírus que se reproduz através desta maneira, em um organismo multicelular podem demorar a aparecer. Doenças causadas por vírus lisogênico tendem a ser incuráveis. Alguns exemplos incluem a AIDS e herpes.






quarta-feira, 28 de maio de 2014

Evolução biológica parte 2






Tudo sobre o evolução biológica

Evolução Biológica
Processo pelo qual os seres vivos  se diversificaram ao longo do tempo, dando origem às espécies atuais ou já extintas em nosso planeta.
Este processo é uma conseqüência da adaptação de um animal ou vegetal ao ambiente em que vivem. Devemos entender adaptação como uma seleção de características acumuladas ao longo do numa certa população.
Exemplos de adaptação dos seres vivos:
- Bico do beija-flor e sua capacidade de manter-se estacionado durante o vôo.
- Dentes dos cavalos com crescimento contínuo.
- Plantas de clima seco com espinhos e caules suculentos, etc. Cada espécie animal ou vegetal está adaptada ao meio em que vive. Ao mesmo tempo que existe a adaptação das espécies aos vários ambientes, também notamos a grande variabilidade entre elas.
A respeito da variabilidade existem duas linhas de pensamento a serem consideradas:

A - Idéia Fixista
Admitia que os seres vivos foram criados por Deus e que as espécies não se alteraram ao longo do tempo.
Um dos adeptos desta idéia foi Lineu, naturalista sueco que viveu de 1707 a 1778.

B - Idéia Transformista
Admitia que as espécies se modificavam ao longo do tempo, em resposta a diferentes pressões do meio. Foram adeptos destas idéias:
Lamarck: naturalista francês que viveu de 1744 a 1829 e Darwin: naturalista inglês que viveu de 1809 a 1882.

Hipótese Evolucionista de Lamarck - Lamarckismo
Foi um dos primeiros cientistas que apoiou a idéia transformista. Lamarck dizia que as espécies sofriam alterações no decorrer do tempo, com o objetivo de melhorar seu modo de vida a novos ambientes.
Admitia que:
a) A utilização de certos órgãos tende a hipertrofiá-los e a não-utilização tende a fazê-los regredir.
Este enunciado ficou conhecido como "Lei do uso e desuso";
b) Características adquiridas pelos indivíduos ao longo de suas vidas, podiam ser transmitidas aos descendentes.
Este enunciado ficou conhecido como "Lei da transmissão dos caracteres adquiridos".
Alguns exemplos citados por Lamarck para reforçar suas idéias:
1) As aves aquáticas teriam se tornado pernaltas devido ao esforço paraesticar as pernas para andar na água, sem molhar as penas.
2) Os ancestrais das cobras teriam tido pernas, que num dado momento passaram a atrapalhar o deslocamento do animal por lugares apertados. Com o desuso as pernas desapareceram e o corpo das cobras passou a não ter apêndices.
3) As girafas, vivendo em uma área de solo seco e quase sem capim, teriam como alimento folhas de árvores de grande porte e de tanto esticarem o pescoço para pegar as folhas, este cresceria e esta característica seria transmitida aos descendentes.

Algumas Experiências que Mostram erros nas Idéias de Lamarck:
a) Um biólogo alemão chamado Weissman, durantvárias gerações de casais de ratos, cortava suas caudas e os colocava juntos para reproduzirem-se e observar seus descendentes. Verificou que os descendentes sempre nasciam com cauda.
b) O ritual da circuncisão é realizado entre os judeus para retirada do prepúcio, mostrando que a característica anatômica não se alterou ao longo do tempo.

Teoria da Evolução de Darwin - Darwinismo
Charles Darwin nasceu em 1809 e em 1831, como naturalista, embarcou no navio Beagle a serviço da Inglaterra, numa viagem de mapeamento e pesquisas ao redor do mundo que durou 5 anos. Nas várias paradas que foram realizadas Darwin fazia o levantamento da flora e da fauna do local e também coletava espécies para seus estudos. Uma de suas paradas foi num conjunto de ilhas do oceano Pacífico chamadas Galápagos, devido à presença de um grande número de tartarugas gigantes. Verificou que cada ilha apresentava uma fauna característica, principalmente em relação a pássaros, tartarugas e lagartos.
Os pássaros eram bastante semelhantes entre si, porém com formas de bicos diferentes. Observou que a forma de bico, em cada ilha, dependia do tipo de alimento disponível e que o ambiente teria exercido pressões, alterando as populações isoladas nas ilhas.
Nas ilhas com alimento de material mole, como frutos e brotos vegetais, predominavam pássaros com bicos pequenos e delicados; e nas ilhas que tinham sementes como alimento disponível, predominavam pássaros com bicos grandes e maciços.
Darwin conseguiu apresentar um mecanismo coerente para explicar a modificação das espécies, que chamou de seleção natural.
Pensou em seleção natural pela primeira vez em 1838, depois de ler um ensaio sobre o princípio da população de Malthus, que de modo geral dizia que a produção de alimentos acontece numa proporção aritmética e as populações crescem numa proporção geométrica.
Darwin propõe que:
- Ocorre uma grande mortalidade nas populações naturais, por exemplo, se todos girinos, ratos e baratas sobrevivessem em todas proles das várias gerações, o mundo estaria recoberto por estes organismos.
Com a morte de um grande número destes indivíduos as populações mantêm-se constantes. Sempre existiram indivíduos mais aptos a sobreviver que outros.
Se o ambiente permanecer constante, as espécies também permanecem. Se o ambiente mudar, o tipo que era adaptado pode deixar de sê-lo e pode ser que novos indivíduos da população passem a ser melhor adaptados ao novo ambiente. Em próximas gerações serão a maioria e a espécie terá se modificado. Se a modificação do ambiente for tal que nenhum indivíduo sobreviva, a espécie entrará em extinção.
Darwin observou a variabilidade de características entre os organismos.
Em relação ao exemplo do tamanho do pescoço das girafas, Darwin propôs que as girafas de pescoço longo apresentavam maior chance de sobrevivência e de deixar descendestes em relação às de pescoço curto. Após várias gerações existirão variações no tamanho do pescoço , mas com o tamanho médio do pescoço maior que o dos ancestrais.
O ambiente atua de diferentes formas sobre os organismos (salinidade, pH, temperatura, umidade, doenças, parasitismo, predação). Esta atuação do ambiente é a seleção natural.
Aqueles organismos que apresentam características que permitem melhor adaptação ao ambiente, possuem maiores chances de chegar à fase adulta e deixar descendentes. qualquer variação que aumenta a adaptação do organismo ao ambiente tende a ser preservada, enquanto as que diminuem a adaptabilidade dos organismos tendem a ser eliminadas.

Seleção Artificial
É a seleção realizada pelo homem, que dá chances de sobrevivência a tipos que seriam eliminados pela seleção natural.
Pode-se escolher entre grupos de indivíduos aqueles que apresentam certas características e colocá-los para reproduzirem-se.
Dificilmente encontram-se espécies domésticas semelhantes dos indivíduos no ambiente selvagem como acontece com: cachorros, galinhas, porcos, cavalos e pombos.




Esperamos ter ajudado a você a entender melhor sobre esse aspecto. 

Até a próxima.

Evolução biológica parte 1

Boa noite gente ! 
Hoje vamos falar um pouco sobre a evolução biológica.Gente esse vídeo é maravilhoso e vocês vão entender de forma rápida e super simples a primeira parte da evolução.







Esperamos que o vídeo tenha lhe ajudado a entender melhor a primeira parte da evolução.

Qualquer dúvida deixe sua pergunta .

Até a próxima .